Está com dificuldades para realizar seu planejamento financeiro pessoal? Saiba que você não é o único. Milhares de pessoas sofrem com esse mesmo impasse, tanto aquelas que estão para começá-lo ou que já o fazem há algum tempo.
A maioria não teve bons comportamentos financeiros durante um longo tempo. Gastaram mais do que podiam, não calcularam seus gastos de acordo com o que recebiam, adquiriram itens desnecessários, dentre outras ações prejudiciais.
Dessa forma, é natural que ainda resistam de alguma maneira diante das mudanças que um bom planejamento das finanças impõe. Ao passo que, cometem muitos erros por falta de conhecimento ou de vontade para cumpri-los.
O planejamento financeiro pessoal traz clareza às finanças, ajudando-o a guardar mais dinheiro, gastá-lo corretamente e investir melhor, permitindo você alcançar suas metas com mais facilidade.
Só que para funcionar, essa estratégia precisa contar com uma série de condutas que contribuam para uma boa organização. Aliás, essa é a palavra-chave para fazê-lo de forma correta, porque sem organização é impossível colocar as finanças em ordem.
Pensando nisso, separamos abaixo tudo o que você precisa saber sobre este planejamento, além dos principais erros cometidos na sua formação e as formas de evitá-los. Tenha uma ótima leitura!
O que é planejamento financeiro pessoal
De forma geral, planejamento financeiro pessoal nada mais é do que um mapeamento de todo o comportamento de uma pessoa relacionado às finanças. Seja com gastos, ganhos, compromissos ou para outras finalidades, as economias das pessoas precisam ser utilizadas de forma sábia, evitando que situações incômodas causadas pela falta de organização na vida financeira venham à tona.
Assim também, o bom uso dos recursos financeiros permite que o indivíduo alcance metas e conquiste seus sonhos com mais agilidade. Afinal, não é segredo para ninguém que grande parte das realizações dependem da capacidade aquisitiva para acontecerem de fato.
Nesse sentido, o planejamento financeiro pessoal reúne despesas e projeções de um período específico, além de diversas ações que promovem a organização das finanças, com a finalidade de ajudá-lo na manutenção da sua saúde financeira.
A ideia é te separar um pouco do seu lado emocional, um dos principais motivos para desordem nesta área, dando ênfase à razão em cada comportamento e decisão tomada que envolve suas finanças. Desse modo, você diminui a possibilidade de erros num aspecto da vida tão importante para sua construção profissional, familiar e social.
Qual é a importância de um bom planejamento das finanças?
Quando há organização nas suas finanças, os problemas são evitados. Simples assim. Por isso, um bom planejamento financeiro pessoal é importante para você.
Certamente, você tem muitos compromissos financeiros mensais como boletos, compra de alimentos, gasolina, dentre outras despesas fixas. Assim como, possui gastos variáveis, isto é, situações financeiras imprevistas, seja por conta de um cano hidráulico que quebrou ou de uma peça ou outra do carro que precisa ser trocada com emergência, por exemplo.
Diante desse cenário, de gastos previsíveis e imprevisíveis, é importante se planejar, sintetizando todo o aprendizado financeiro que obteve junto às ações mais corretas de orçamento pessoal.
Da mesma maneira, caso você tenha que investir num equipamento de alto custo para o trabalho, por exemplo, vai precisar considerar todos os gastos fixos e variáveis antes de realmente efetuar a compra, assim, o planejamento pessoal financeiro será de grande ajuda.
Além disso, o planejamento financeiro pessoal oferece benefícios que se expandem para outras áreas da vida. Problemas financeiros causam o rompimento de relacionamentos, o impede de ir a lugares incríveis mundo afora e diminuem os recursos essenciais disponíveis para você alcançar o que quer. E, o primeiro passo para mudar esse cenário, é tornar o uso de suas finanças mais claros, organizados e disciplinados.
O ponto é: tudo fica mais estável por meio de um planejamento financeiro pessoal bem feito. Você age com mais segurança e tranquilidade, porque sabe que está preparado para um eventual descontrole nas finanças, assim como para realizar investimentos. O que se reflete nas demais áreas da vida.
Dada a definição e importância da estratégia para sua estabilidade, vejamos os principais erros na hora de fazê-la e o caminho para evitá-los.
Quais são os erros mais comuns e como evitá-los
Grande parte das pessoas cometem muitos erros ao decidirem realizar o planejamento financeiro pessoal. Alguns por não conhecerem as posturas ideais para fazê-lo, outros por até ouvirem falar mas não as colocarem em prática, provavelmente por ainda não digerir tão bem a ideia de ter uma disciplina nas finanças.
Entretanto, você precisa compreender o quanto antes como esses erros podem ser prejudiciais para saúde das suas finanças. Inclusive, comprometendo seu bem-estar e qualidade de vida. Por isso, listamos abaixo cinco dos erros mais comuns no planejamento financeiro pessoal e as formas de você evitá-los. Confira!
1. Não ter um objetivo claro
Para quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve. Assim sendo, o primeiro erro cometido no planejamento financeiro pessoal é não ter um objetivo claro que norteie toda a estratégia.
O ser humano funciona pelo incentivo. Seja nos relacionamentos, construção profissional ou da família, ele se move por objetivos pré-estabelecidos. Especialmente em períodos de desânimo ou dificuldade, o objetivo claro que foi traçado o mantém firme e forte na jornada.
Nas finanças, não podia ser diferente. As metas claras permitem que o indivíduo pense no futuro que suas decisões vão trazer, como elas vão impactar não só sua vida financeira, mas como um todo.
Além de trazerem força para que você não desanime diante de prováveis erros nos investimentos, por exemplo, porque o ajuda no desenvolvimento de habilidades como resiliência, paciência e humildade para usar até mesmo os seus piores equívocos ao seu favor.
Então, busque estabelecer objetivos bem claros para os próximos 5 ou 10 anos. Segundo Bill Gates, o magnata americano fundador da Microsoft, as pessoas superestimam o que podem fazer em 1 ano, mas subestimam o que podem fazer em 10. Por isso, vale a pena traçar metas específicas, realistas e audaciosas no desenvolvimento do seu planejamento financeiro pessoal.
2. Mal uso do cartão de crédito
Outro aspecto que contribui negativamente no seu planejamento financeiro pessoal é o mau uso do cartão de crédito. Apesar de muitos pensarem o contrário, compras parceladas não são benéficas para as finanças.
Às vezes, os usuários se iludem com o grande limite de crédito disponibilizado pelos bancos e fazem compras deliberadamente, parcelando a maioria delas e comprometendo por meses com essas pendências, e se esquecem de prever esse valor no planejamento financeiro pessoal.
Além disso, muitos também extrapolam os limites e comprometem sua organização, porque pensam erroneamente que o cartão de crédito é uma extensão dos rendimentos conquistados e o usam desconsiderando o valor gerado no fechamento da fatura.
Sendo que, o não pagamento da dívida pode colocá-los nos juros rotativos, dependendo do fornecedor de crédito, trazendo um problema financeiro ainda maior e que se não for resolvido pode crescer cada vez mais.
Dessa forma, o mais recomendado é priorizar compras à vista, pelo menos em compras mais triviais. Opte pelo parcelamento, somente em necessidades para que o mau uso do cartão não comprometa seu planejamento financeiro pessoal.
3. Não classificar as despesas devidamente
Um dos erros mais comuns do planejamento financeiro pessoal é não saber quais gastos foram feitos mensalmente. Muitas pessoas não fazem ideia de quais foram as despesas responsáveis por encherem o limite de todos os seus cartões ou o porquê daquela conta a mais ter chegado, por exemplo, perdendo completamente sua organização.
Além disso, também é importante classificar quais são os tipos de gastos, em pelo menos duas categorias: despesas fixas e despesas variáveis. Como explicamos em outro momento, as fixas são gastos necessários e totalmente previsíveis no seu orçamento pessoal, enquanto as variáveis representam aqueles custos que surgem com situações inesperadas.
Os cálculos para o planejamento financeiro pessoal podem ser feitos de maneira inadequada quando não há essa distinção, comprometendo os resultados de toda a estratégia, por isso, é importante categorizá-las devidamente.
Para estar ciente das suas despesas e classificá-las, basta registrá-las numa caderneta ou planilha, dividindo-as em suas respectivas categorias. Assim, de tempos em tempos você pode conferir as informações descritas, além de inserir outras novas para manter-se a par sobre o que e quanto está gastando.
Detalhe: não esqueça dos gastos supérfluos na hora de classificar suas despesas.
4. Sem reserva de emergência
Nas finanças e em tudo na vida nada é 100% certeza. Por isso, você deve incluir no seu planejamento pessoal financeiro uma quantia para eventuais emergências que possam ocorrer, seja qual for a sua realidade.
Às vezes, uma peça do carro vai precisar ser trocada, uma cirurgia de última hora será necessária ou você terá que deixar seu emprego. Nesses momentos, a reserva de emergência se torna imprescindível para tirá-lo do aperto e trazer tranquilidade para situações que por si só já são preocupantes.
É um erro não dar a devida importância às imprevisibilidades da vida, ainda mais quando se trata de questões financeiras, porque sem esse porto seguro, você precisará realizar empréstimos em um banco ou pagar um valor específico com alguém para resolver parcialmente o problema.
Para montar sua reserva de emergência, basta reunir todas as informações sobre despesas fixas e variáveis, projeções e o tempo em que o valor será utilizado. Dessa forma, você não ficará refém de algum acontecimento inesperado para manter suas finanças em ordem.
5. Não se preocupar com o longo prazo
O imediatismo também pode ser um grande vilão do seu planejamento financeiro pessoal. Aliás, os principais erros cometidos na organização das finanças são provenientes dessa mentalidade.
Assim como enfatizamos no primeiro erro da lista, as metas e objetivos precisam estar bem claros para que você possa desenvolver um bom orçamento pessoal para cada etapa da jornada. Contudo, se você for imediatista demais, tomará decisões equivocadas com facilidade, colocando em risco seu equilíbrio financeiro.
Por exemplo, o ato de comprar compulsivamente, muito prejudicial para o planejamento, vem do imediatismo de querer determinado produto ou serviço para ontem. A liberação do neurotransmissor chamado dopamina, conhecida como substância do prazer, influencia nas decisões e emoções das pessoas. Assim, elas querem comprar cada vez mais para receberem novamente essa sensação.
Só que, tanto o comportamento de compra quanto a mentalidade imediatista é vencida da mesma forma: com a troca da recompensa recebida pelo ato. As recompensas de longo prazo valem muito mais a pena do que as imediatas. Por isso, você deve buscar meios de mudar seus pensamentos e ações para essa jornada mais longa, porém mais consistente e com resultados permanentes.
Conclusão
Portanto, contar com um bom planejamento financeiro pessoal é determinante para seu bem-estar e qualidade de vida. A organização, disciplina e sabedoria para o uso de suas finanças, colabora na manutenção dessa área tão essencial para o seu sucesso, fazendo-o ganhar mais, gastar bem e investir melhor. Além de fazê-lo ir bem em outras áreas da vida que compõem sua felicidade.
Agora que já sabe da importância dessa estratégia, pode realizá-la da maneira correta, considerando todos os principais erros na formação da estratégia que mencionamos há pouco, assim como suas resoluções.
Errar uma vez ou outra no desenvolvimento deste planejamento é aceitável, mas continuar errando por mais tempo, ainda mais sabendo do quão prejudicial eles são, é uma atitude pouco sábia. Por isso, faça seu planejamento financeiro pessoal corretamente e tenha resultados expressivos por meio da estratégia!
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